quarta-feira, 30 de março de 2011

Caio Fernando Abreu


Foi um jornalista e um escritor brasileiro (1948 - 1996) e minha mais nova paixão. Uma das minhas tristezas é o fato dele não estar mais entre nós porque, se estivesse vivo, eu moveria montanhas para conhecê-lo e conversar com ele, nem que fosse via facebook, orkut, msn ou qualquer outro meio. Esse post é uma ‘homenagem’ aos 15 anos da sua morte. Espero que ele esteja lá no Céu bem faceiro, agitando horrores.


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O que importa é que você entra por um ouvido meu e sai pelo outro, sabia? Você não fica. você não marca.

A verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.

Fissura, estou ficando tonta. Essa roda girando girando sem parar. Olha bem: quem roda nela? As mocinhas que querem casar, os mocinhos a fim de grana pra comprar um carro, os executivozinhos a fim de poder e dólares, os casais de saco cheio um do outro, mas segurando umas. Estar fora da roda é não segurar nenhuma, não querer nada. Feito eu: não quero ninguém. Nem você. Quero não, boy. Se eu quiser, posso ter. Afinal, trata-se apenas de um cheque a menos no talão, mais barato que um par de sapatos. Mas eu quero mais é aquilo que não posso comprar. Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.

Caio Ferando Abreu.

terça-feira, 22 de março de 2011

Não use mácaras.

Acho interessante como as pessoa gostam de conceituar umas as outras. Já fiz muito isso também, graças a Deus não sou santa, tenho meus defeitos. Mas o tempo me mostrou que nem tudo que parece é...
Devemos gostar das pessoas como elas são, é prache, mas só assim que conseguimos conviver com esses seres complexos, que são os humanos, rsrsrsrs. As vezes nós mesmos somos culpados das decepções que causamos no outro, dizemos ou melhor, inventamos algo extraordinário sobre a gente, tipo: eu sou mega inteligente, leio 500 livros por ano, pura mentira, já deixei muito livro pela metade de tão chato, mas o outro para gostar de mim tem que me achar inteligente, linda, um monumeto de mulher, se depender dessas características, ninguém nunca vai me olhar, babaquice, que se foda.
Mentiras sinceras não me interessam, prefiro a verdade nua e crua, e você??
Se ama, diga que ama, e ame loucamente, claro se for um sentimento compartilhado.
Se odeia, diga que odeia, mas não deixe que o ódio te consuma, não é bom.
Não use máscaras.
Máscaras que jamais deveriam ser usadas,
pois as vezes,
mesmo que queiramos...
Elas não poderão ser arrancadas.
Então seja você mesmo, e não conceitue ninguém , sem antes conhecer. Somos os dois lados da moeda.



By: Lilian Monteito