Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais
Lilian Monteiro
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Sobre preconceito
Difícil falar sobre preconceito com um olhar puro, já que preconceito
significa conceito pré-concebido e pré-conceber é atividade essencial
para nos manter vivo. Tem a ver com preservação de espécie, com defesa,
com categorização.
Porém, quando o preconceito começa a se tornar perigoso? Na minha
opinião, é quando começamos a conviver abertamente, conscientemente com
ele e a aceitá-lo como fator discriminador. Há algum tempo eu achava que
o machismo, o racismo e a homofobia, por serem mais “conhecidos”, ou
seja, estarem mais presentes no senso comum, estavam mesmo caminhando
pra erradicação no futuro. Mas mudei de opinião, acho que estamos
caminhando para a aceitação da discriminação.
Quando ouço alguém falar “não sou homofóbico, até tenho um amigo gay”,
na hora me vem à mente alguns filmes pós-apartheid, onde os brancos que
na época queriam ser politicamente corretos contratavam os negros, mas
não os deixavam comer nas suas louças, usarem seus banheiros,
conversarem na sua frente. Precisavam conviver, mas não queriam.
As mesmas pessoas que dizem ter amigos gays fogem dos locais onde
existem gays. Fazem piadas diariamente sobre a orientação sexual deles.
No fundo, não querem estar perto: o que os amigos vão pensar? Pior ainda
são as pessoas que falam em “surto gay” como “moda”. Como se a maioria
decidisse enfrentar a sociedade e sua família, correr o risco de apanhar
e de ser motivo de piada na rua, só por modismo. Quando comparo a
discriminação aos negros daquela época com os gays de hoje, algumas
vezes ouço: “é diferente, me mantenho longe de gays porque não quero ser
abordado por eles”. Digo: “você convive com mulheres, quantas te
abordam diariamente querendo sexo? E se abordassem e você não quisesse,
você somente recusaria, certo? O problema é realmente este?”
Acho improvável que a homofobia diminua enquanto ainda acharmos que
pobre é melhor/pior que rico, que mulher é pior/melhor que homem, que
negro é pior/melhor que branco, que nordestino é melhor/pior que
paulista. E principalmente, enquanto continuarmos generalizando TUDO.
Sim, existem categorias de pessoas com variáveis em comum, as quais
criamos para pertencer, para nos sentirmos parte de algo. Mas existem
pessoas, com seus sentimentos únicos, reações peculiares, pensamentos
indescritíveis dentro destas categorias. Estamos aos poucos nos
esquecendo disto!
O pior de tudo é a falta de questionamento, de pensamento crítico, não
contra as pessoas e sim contra o sistema que nos rodeia, aquele que
possibilita esse nosso moderno apartheid. Estamos imbecilizados, estamos
nos separando quando deveríamos estar nos juntando contra coisas que
realmente são ruins: a corrupção, a mentira, a banalização da violência,
o caos moderno.
A segregação barulhenta ainda é menos pior do que a silenciosa, aquela
que não percebemos e que, com o passar dos anos, se instala,
apoiada/criada muitas vezes pela mídia. Alguém aí tem um amigo ou amiga
obesa? Sabe o quanto de discriminação ela sofre? E ainda é apontado como
culpada pelas suas mazelas, porque “quem come o que quer tem que
agüentar as conseqüências”, já disse alguém.
Sou mulher, sou 100% a favor do amor entre quaisquer gêneros, não acho
que a diferença está nas raças, na orientação ou na religião, está no
subjetivo. Todos somos únicos. Todos temos um pouco de negro, de
europeu, de gay (simmm), de rico, de nordestino, de gordo, do que for.
Vamos começar a aceitar?
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Numa sociedade idiota onde as próprias mulheres são machistas,
eu nunca vou me acostumar a ouvir alguém fazer o seguinte comentário
após assistir uma notícia sobre estupro "-Também, com essa roupa aí,
né!" Também com essa roupa, o que? Francamente, hein. Ela podia estar com um short menor que a minha calcinha e um top-quase-sutiã, ninguém tem o direito de violentar ninguém. Não tem desculpa! Ela pode ter transado com a cidade inteira, se ela não quer fazer sexo com o Fulano, ele não pode obrigar e ponto. Vocês se prendem
tanto a tamanho e o respeito que é bom, vira poeira. Um short curto não
mede caráter, seu preconceito e seus rótulos imbecis que medem. Eu tenho nojo. Ainda dizem "Ué, querem homem romântico, que pague a conta? Não queimaram sutiã? Direitos iguais em tudo." Você acha isso engraçado?
Vamos fazer piada sobre a Lei Áurea também! As Diretas Já, a Ditadura,
outros acontecimentos históricos que deram direitos e dignidade nada
mais que justa pra todos nós. Não preciso de um idiota pagando nada pra
mim ou que abram a porta de um carro porque sou uma donzela indefesa. Cavalheirismo é uma qualidade, não um favor a nós, mulheres. Se você é, parabéns, se não é, paciência, não vai mudar minha vida, não sou aleijada e tenho meu próprio dinheiro. Também
não sou empregada, nem obrigada a saber cozinhar, lavar, passar, pegar
cerveja e me vestir de burca pra fazer ninguém feliz. Tô no século XXI, se vocês estão atrasados, eu apenas lamento.
By: Marcella Fernanda.
By: Marcella Fernanda.
sexta-feira, 30 de março de 2012
A morte, por si só, é uma piada pronta.
Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada,
está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem,
precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no
carro e no meio da tarde morre. Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER!!!
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio
estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve
lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física,
quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para
estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer
da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora
de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway,
numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém,
sem ter dançado com a garota mais linda,
sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e
penduradas também algumas contas.
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas,
a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce,
caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina,
começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte
costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o
sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não
acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase
nada guardado nas gavetas.
Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão,
desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida... Perdoe... Sempre!!!
Pedro Bial.
Morrer é ridículo.
Você combinou de jantar com a namorada,
está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem,
precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no
carro e no meio da tarde morre. Como assim?
E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia:
MORRER!!!
A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio
estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve
lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física,
quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para
estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer
da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora
de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway,
numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.
Qual é?
Morrer é um chiste.
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém,
sem ter dançado com a garota mais linda,
sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.
Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e
penduradas também algumas contas.
Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas,
a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce,
caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina,
começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte
costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Isso é para ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o
sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não
acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase
nada guardado nas gavetas.
Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo? Morrer cedo é uma transgressão,
desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero.
E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida... Perdoe... Sempre!!!
Pedro Bial.
domingo, 25 de março de 2012
Por que as pessoas entram na sua vida?
Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.
Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".
Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.
Pare aqui e simplesmente SORRIA.
Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.
Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".
Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.
Pare aqui e simplesmente SORRIA.
E agradeça a Deus pelos seus amigos!!!
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